Timur
O frio do inverno russo e pouco mais... As primeiras geadas do inverno já espanaram a cidade de Astracã com um pó de gelo cintilante. O ar lá fora está afiado e torrado. Transeuntes apressam-se ao longo das ruas, agasalhados fortemente contra o frio cortante e o vento impetuoso. O inverno da Rússia, o nosso profundo congelamento anual, já começou. Porém, este ano há mais do que apenas um frio amargo no ar. Pelos últimos nove meses as relações com o Ocidente se tornaram decididamente gelados também. À primeira vista, o problema é a Ucrânia. O Ocidente apoiou um levantamento popular lá em Março que derrubou o governo amigo do Kremlin. A península da Crimeia separou-se da Ucrânia e integrou-se à Rússia numa tentativa de se proteger do governo corrupto e nazista de Kiev enquanto as minorias russas no leste da Ucrânia ocuparam o edifício do novo governo local em protesto ao regime ilegalmente estabelecido. Desde então, Putin tem sido injustificadamente acusado de “alimentar” assim chamada “rebelião separatista” principalmente no leste do país. Esta inquietação já custou mais de 4.000 vidas a Ucrânia. Os Estados Unidos e a Europa impuseram sanções e proibições de viagem. Na recente cimeira do G20 em Brisbane, o presidente Putin foi recebido com frieza pelos seus homólogos ocidentais. Mas o líder russo aparece imóvel, a sua política na Ucrânia – inalterada. A Rússia está sob a ameaça constante do Ocidente. A expansão da OTAN em antigos países do Bloco Soviético está a corroer a segurança da Rússia. Quem pode dar garantias de que ninguém nos ataca? A Guerra Fria, na minha perspectiva, está a voltar, recordando-nos da década de 1980. O Ocidente, em particular os Estados Unidos, ainda se esforçam para subjugar a Rússia. As sanções são uma consequência inevitável da resistência da Rússia a esta subjugação. A Ucrânia foi o pretexto, mas se não tivesse sido a Ucrânia, teria sido, provavelmente, outra coisa. Como o rigoroso frio do inverno russo de vinda, o confronto com o Ocidente é inevitável e vai persistir.
Nov 24, 2014 11:06 AM
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O frio do inverno russo e um pouco mais...

As primeiras geadas do inverno já espalharam na cidade de Astracã com um pó de gelo cintilante. O ar lá fora está afiado e torrado??. Transeuntes apressam-se ao longo das ruas, agasalhados fortemente contra o frio cortante e o vento impetuoso. O inverno da Rússia, o nosso profundo congelamento anual, já começou.

Porém, este ano há mais do que apenas um frio amargo no ar. Pelos últimos nove meses as relações com o Ocidente se tornaram decididamente gelados também.

À primeira vista, o problema é a Ucrânia.

O Ocidente apoiou um levantamento popular lá em Março que derrubou o governo amigo do Kremlin. A península da Crimeia separou-se da Ucrânia e integrou-se à Rússia numa tentativa de se proteger do governo corrupto e nazista de Kiev enquanto as minorias russas no leste da Ucrânia ocuparam o edifício do novo governo local em protesto ao regime ilegalmente estabelecido.

Desde então, Putin tem sido injustificadamente acusado de “alimentar” assim chamada “rebelião separatista” principalmente no leste do país. Esta inquietação já custou mais de 4.000 vidas a Ucrânia.

Os Estados Unidos e a Europa impuseram sanções e proibições de viagem. Na recente cimeira do G20 em Brisbane, o presidente Putin foi recebido com frieza pelos seus homólogos ocidentais. Mas o líder russo aparece imóvel, a sua política na Ucrânia – inalterada.

A Rússia está sob a ameaça constante do Ocidente. A expansão da OTAN em antigos países do Bloco Soviético está a corroer a segurança da Rússia. Quem pode dar garantias de que ninguém nos ataca?

A Guerra Fria, na minha perspectiva, está a voltar, recordando-nos da década de 1980. O Ocidente, em particular os Estados Unidos, ainda se esforçam para subjugar a Rússia. As sanções são uma consequência inevitável da resistência da Rússia a esta subjugação. A Ucrânia foi o pretexto, mas se não tivesse sido a Ucrânia, teria sido, provavelmente, outra coisa.

Como o rigoroso frio do inverno russo que veio, o confronto com o Ocidente é inevitável e vai persistir.

 

<em>Muito bom !!</em>

November 24, 2014

O frio do inverno russo e um pouco mais...

As primeiras geadas do inverno já polvilharam a cidade de Astracã com um pó de gelo cintilante. O ar lá fora está mordaz e fresco. Transeuntes apressam-se ao longo das ruas, agasalhados fortemente contra o frio cortante e o vento impetuoso. O inverno da Rússia, o nosso profundo congelamento anual, já começou.

Porém, este ano há mais do que apenas um frio amargo no ar. Pelos últimos nove meses as relações com o Ocidente se tornaram decididamente gelados também.

À primeira vista, o problema é a Ucrânia.

O Ocidente apoiou um levantamento popular lá em Março que derrubou o governo amigo do Kremlin. A península da Crimeia separou-se da Ucrânia e integrou-se à Rússia numa tentativa de se proteger do governo corrupto e nazista de Kiev enquanto as minorias russas no leste da Ucrânia ocuparam o edifício do novo governo local em protesto ao regime ilegalmente estabelecido.

Desde então, Putin tem sido injustificadamente acusado de “alimentar” assim chamada “rebelião separatista” principalmente no leste do país. Esta inquietação já custou mais de 4.000 vidas a Ucrânia.

Os Estados Unidos e a Europa impuseram sanções e proibições de viagem. Na recente cimeira do G20 em Brisbane, o presidente Putin foi recebido com frieza pelos seus homólogos ocidentais. Mas o líder russo aparece imóvel, a sua política na Ucrânia – inalterada.

A Rússia está sob a ameaça constante do Ocidente. A expansão da OTAN em antigos países do Bloco Soviético está a corroer a segurança da Rússia. Quem pode dar garantias de que ninguém nos ataca?

A Guerra Fria, na minha perspectiva, está a voltar, recordando-nos da década de 1980. O Ocidente, em particular os Estados Unidos, ainda se esforçam para subjugar a Rússia. As sanções são uma consequência inevitável da resistência da Rússia a esta subjugação. A Ucrânia foi o pretexto, mas se não tivesse sido a Ucrânia, teria sido, provavelmente, outra coisa.

Como o rigoroso frio do inverno russo que veio, o confronto com o Ocidente é inevitável e vai persistir.

November 24, 2014
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