<em>Como sempre, seus textos são excelentes! Gosto muito deste seu estilo quase que poético e bem neutro. Seguem algumas dicas, espero que sejam úteis (os destaques vermelhos são correções e os destaques beges são sugestões em português brasileiro):</em>
"UM MISTÉRIO
Os filhos da democracia portuguesa vão decorar amanhã, no dia de vinte e cinco de abril, as lapelas dos seus casacos e suas jaquetas com os cravos vermelhos, para comemorarem as doces frutas da Revolução dos Cravos. Li um pouco sobre este importante período da história portuguesa e, como os altamente educados dizem, tudo ficou claro para mim em termos do fenômeno histórico-sociológico e cultural. Quase tudo. Há um mistério deste grande evento[1] que nunca consegui[2] resolver, uma controvérsia sobre a música da despedida do regime salazarista. Sim, todos nós sabemos que a música[3] foi a “Grândola Vila Morena” de grande Zeka Afonso. No entanto, eu também li, em qualquer lugar, que a letra desta canção foi escrita por mais um português conhecido, um algarvio, o António Aleixo, quase semi-analfabeto[4], cuja poesia satírica e de crítica social costumava ditar aos seus amigos. Então, meus amigos portugueses ajudem-me a resolver este enigma revolucionário para que eu possa dormir em paz em frente deste grande feriado. E vocês, que tenham um dia maravilhoso amanhã."
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[1] Acho que você quis dizer "evento", que significa um acontecimento. "Invento" significa uma coisa inventada.
[2] No texto você dá a impressão que ainda não conseguiu resolver o mistério, então deve usar a forma "nunca consegui". Se você usar "nunca conseguia" significa que antes você não conseguia, mas agora já consegue.
[3] Pode parecer repetitivo, mas em português não usamos o "isso" com essa estrutura parecida com o "it" do inglês. Então deixei esta sugestão.
[4] "semi-analfabeto" (grafia no Brasil) e "semianalfabeto" (grafia em Portugal)