Quando estava em Taiwan, me surpreendi de descobrir que o "privilégio branco" existe nesse país asiático. E, depois, descobri que também existe em outros países asiáticos, como Japão, Coreia, Vietnã, Tailândia e China.
Em Taiwan, há tantas empresas que contratam pessoas brancas para ser as modelos. As pessoas brancas são consideradas melhores lá só por causa da raça delas.
Há discriminação para contratar professores de inglês. Tem tantas escolas que oferecem aulas de inglês que contratam especificamente pessoas brancas e a raça é o fator decisivo para contratá-las. Não se importam se essas pessoas não são boas em inglês e não têm experiência em ensinar, contanto que possam falar inglês e sejam brancas! Na realidade, é ilegal, porque Taiwan tem a política de que só se pode contratar professores que chegam de certos países, como o Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e da África do Sul. As escolas maiores obedecem essa lei, que também é aplicada em outros trabalhos que exigem inglês. Mas essa lei ainda é uma prática de discriminação, porque a nacionalidade de um funcionário não deveria ser um fator decisivo. Os fatores decisivos deveriam ser somente a experiência educacional e o trabalho, bem como a qualidade do seu método de ensino (para os professores) e, claro, sua habilidade de usar esse idioma.
Acho essa prática horrível e ridícula! Nas Filipinas, há tantas pessoas que falam inglês muito bem sem estarem ensinando por nenhuma delas serem brancas ou desses países. Mas, claro, é porque o sistema e a sociedade das Filipinas é diferente, se tratando de usar o inglês.
Se Taiwan realmente quer alcançar seu objetivo de ser um país bilíngue em mandarim e inglês, deveria consertar muitas coisas das suas políticas. Primeiramente, deveria mudar seu preconceito e sua percepção de inglês.