A descoberta e desenvolvimento da Internet foi um dos maiores feitos históricos
de finais do século XX e começos do XXI. A sua existência mudou as nossas vidas
em muitos sentidos. Fala-se muito dos “nativos digitais” frente aos "imigrantes
digitais” e, na minha opinião, trata-se de um conceito muito relevante quando
falamos da educação das nossas crianças frente à Internet. Para um rapaz ou uma
rapariga jovens o uso das novas tecnologias é algo natural. Nasceram com elas e
desconhecem um mundo onde não toda a informação estivesse disponível a um só
clique e de forma imediata. A distribuição é global e rápida, mas a fonte da
mesma não sempre é conhecida nem clara. Aqui há um primeiro problema para uma
criança que acessa a Internet. Nem tudo o que encontra lá tem de ser verdade.
Pode vir de origens desconhecidas ou que oferecem poucas garantias. Muitas vezes
não se trata de publicações oficiais editadas por especialistas na matéria.
??Inclusive, pode-se dar que o autor da informação desconheça completamente o tema publicado??( é isto que pretende dizer?).
Uma criança que lê a informação pode não ter um pensamento crítico
suficientemente desenvolvido para questionar a veracidade da mesma e acabar
sendo vítima de manipulações mediáticas. É precisamente o anonimato que permite
Internet que supõe outro risco para os usuários mais jovens. Há pessoas que
aproveitam esta falta de controle de identidade para suplantar a identidade de
outras pessoas. Infelizmente, praticamente todos temos oito casos de pedófilos
que fingiam ser meninas ou meninos em chats para ganhar a confiança deles e
delas com fins sexuais, etc. Poderia seguir a nomear riscos para as crianças no
seu uso da Internet. Finalmente, não os podemos proteger à frente de todos eles.
Temos que informar e educá-los e confiar que esta educação os sirva para ser
críticos e cautos e tomar a decisão correta no momento oportuno. O grande
desafio é que temos que educar para algo que não existia quando nós éramos
novos.