Sim, Filipe respondeu corretamente. Vou acrescentar alguns detalhes para você entender melhor por que o plural não é *'goles' /ô/. Aliás, não vamos confundir isso com 'gole' /ó/ (plural 'goles' /ó/): 'um gole', em inglês, é 'a swallow'.
A palavra 'gol' (plural: 'gols' /ô/), derivada do inglês 'goal', é usada no Brasil, enquanto em Portugal se usa uma forma mais adaptada à língua: 'golo' (plural: 'golos' /ô/). Ela é diferente da maioria das palavras terminadas em -ol em português, já que estas, a propósito mais antigas, geralmente têm som aberto (/ó/): 'farol' (plural: 'faróis'), 'anzol' (plural: 'anzóis')...
Na pronúncia brasileira, a letra L, quando não começa uma sílaba, soa tal como se fosse a letra U: 'bemol', 'voltar', 'falta', 'culpa'...; na pronúncia padrão de Portugal, esse mesmo tipo de L soa como em inglês: 'fall', 'melt', 'bills'. Antigamente, as palavras portuguesas que hoje terminam em '-al', '-el', '-il', '-ol' e '-ul' possuíam um -e (como hoje ainda é na língua italiana). Aqui exemplos de palavras portuguesas ligeiramente modificadas para lembrar as formas arcaicas: *'finale', *'pastele', *'anzole', *'gentile'. Nas formas plurais respectivas (*'finales', *'pasteles', *'anzoles', *'gentiles'), a pronúncia rápida e relaxada fez cair a letra L: *'fina'es', *'paste'es', *'anzo'es', *'genti'es'. Hoje a ortografia dessas palavras é: 'finais', 'pastéis', 'anzóis', 'gentis'.
Esse processo todo não ocorreu com a palavra 'gol', simplesmente um empréstimo do inglês grafado à moda brasileira.